- "O Bazar Alemão" de Helena Marques
- "Dama de Espadas" de Mário Zambujal
- "Caim" de José Saramago
- "Marina" de Carlos Ruiz Záfon
- Poesia de Eugénio de Andrade
- Poesia de Fernando Pessoa
- Poesias Escolhidas de Antero de Quental
- "Por detrás da magnólia" de Vasco Graça Moura
- "Os Maias" de Eça de Queirós
- "Memorial do Convento" de José Saramago
14 de dezembro de 2010
Sugestões de leitura para as férias de Natal:
"José e Pilar"
É um Saramago lúcido, irónico, mas fisicamente muito débil, muitíssimo dependente de Pilar que nos aparece ao longo de toda a narrativa filmíca.
Um documento histórico a não perder, independentemente de gostarmos ou não da obra de
Saramago.
10 de dezembro de 2010
Visita à Casa de Camilo Castelo Branco
19 de novembro de 2010
Mário Vargas Llosa
- Conversa na Catedral (1969)
- A Tia Júlia e o Escrevedor (1977)
- A Festa do Chibo (2000)
- O Paraíso na Outra Esquina (2003)
- Travessuras da Menina Má (2006)
Saramago.
Desde o início do ano lectivo que o Centro de Recursos da ESAS tem vindo a homenagear Saramago através de uma série de actividades a que deu nome "O ano da morte de Saramago", inspirado no título do romance "O ano da morte de Ricardo Reis".
O centro das comemorações é a exposição patente no Centro de Recursos, que tem sido visitada por inúmeros alunos, professores, funcionários e até elementos que não pertencem à escola.
Integrada neste conjunto de actividades, realizou-se no passado dia 16 de Novembro, data do aniversário de Saramago, uma palestra/tertúlia dinamizada pela Dra Fátima Matos, antiga leitora de Português em Paris e em Siena, e que conviveu de perto com Saramago.
Num tom coloquial e descontraído, a Dra Fátima Matos, também Presidente da Associação Ar Evento, partilhou algumas das suas experiências com o Nobel da Literatura português, leu alguns excertos de cartas trocadas entre os dois, dando-nos uma visão diferente de Saramago.
No final, vários alunos leram excertos de algumas obras saramaguianas, aguçando a curiosidade daqueles que ainda não conhecem os livros deste incontornável autor português.
26 de outubro de 2010
"Filme do Desassossego"
O filme baseia-se em excertos do "Livro do Desassossego" do semi-heterónimo pessoano Bernardo Soares. O realizador escolheu determinadas passagens textuais e criou para elas pequenos sketches ilustrativos. A par disso, o filme mostra uma série de imagens de Lisboa atemporal e decadente.
O trabalho sonoro e a imagem são excelentes.
As reacções ao filme foram diversas: houve alunos que sairam fascinados, outros que tiveram dificuldades em compreender alguns momentos, outros ainda que, pura e simplesmente, exprimiram uma opinião muito negativa.
29 de setembro de 2010
Assalto ao Santa Maria
Os Cem Anos da República na Esas
Saramago na ESAS
Folhas Caídas de Almeida Garrett
NOVO ANO, NOVA VIDA!
- Este ano o blogue será actualizado todas as semanas, dando conta da evolução da matéria ao longo do 11º ano;
- Comentários a filmes e idas ao teatro também farão parte da nossa "aventura";
- Relatórios, impressões, fotos contribuirão para enriquecer a nossa página.
O agora, 11ºG.
9 de junho de 2010
Balanço de final de ano
A Morte de João Aguiar.
Visita de Estudo
Depois de duas horas de viagem chegámos ao nosso primeiro destino: a casa de Eça de Queirós, em Tormes. Aí, foram contadas, pela guia, várias histórias relacionadas com o estilo de vida do escritor. Vimos alguns objectos pessoais do mesmo e da sua família.
Mais tarde, dirigimo-nos à Régua para almoçar e comprar os famosos rebuçados da Régua, mas o nosso principal objectivo era a visita ao Museu do Douro, onde observámos pinturas de Joaquim Lopes relacionadas com o rio Douro e as produções vinícolas da região. De seguida, vimos uma exposição sobre as várias etapas da produção do vinho e os instrumentos utilizados para tal.
Para finalizar esta viagem rumámos a S. Leonardo da Galafúra, uma das paisagens mais belas de Portugal, que é também património mundial. Esta paisagem foi motivo de inspiração para Torga, que escreveu um poema, que se encontra na parede da capelinha.
Esta visita de estudo foi muito enriquecedora e uma experiência agradável e divertida.
25 de maio de 2010
Bocage, o poeta de transição
Carlos Carvalhais Rodrigues
21 de abril de 2010
"Cântico Negro"
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
Postado por: Inês Trigo
18 de abril de 2010
Ser Poeta
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além dor!
É ter mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
"O Planalto e a Estepe"
"O Planalto e a Estepe" de Pepetela é um livro que retrata um amor impossível entre Júlio e Sarangerel e a perseverança desse amor ao longo de 35 anos. Pepetela apresenta, de uma forma absorvente e realista, as várias culturas dos anos 50 e 60.
Eis um excerto, no qual se passa o reencontro dos dois amantes após 35 anos de separação:
"Morri ou renasci? Haverá diferença?
Não havia dor. Não havia sensações. Apenas um rosto redondo, sorrindo timidamente, mas sem os olhos baixados. Os olhos castanhos fitavam os meus e nunca os senti tão azuis. Foi só isso, a sensação de ter olhos azuis no meio do castanho. E de estar parado de pé, imobilizado, talvez para sempre. As mulheres dão sempre lições de determinação, foi a primeira a reagir. Se aproximou e me agarrou na mão com as suas duas pequeninas.
- Júlio, Júlio."